No mês passado, o repórter Christopher Thompson anunciou que encerraria a sua conta no Facebook, para a surpresa de amigos e familiares.
Seu raciocínio era o mesmo de Jeswin: saber tudo sobre todas as pessoas que ele tinha conhecido em sua vida inteira havia se tornado "um completo desperdício do meu tempo". Em sua obra sobre o tema, ele acrescentou: "eu me encontrei verificando o Facebook muitas vezes, e isso realmente não acrescentou nenhum valor para minha vida pessoal ou profissional."
"Eu cansei de ler sobre as pessoas reclamando e espalhando negatividade. Cheguei ao limite quando eu li uma atualização de status de alguém que não era nada, apenas letras de uma música rap."
Esse é um sentimento comum, que foi de alguma forma mostrado em um estudo feito pela Pew Internet & American Life Project, que analisa como os adolescentes se sentem sobre a rede social.
O site Slate focou o essencial na chamada: "Grupos de discussões com adolescentes mostram que eles têm perdido o entusiasmo com o Facebook, não gostando da crescente presença de adultos, do compartilhamento em excesso, e o 'drama' estressante - mas continuam a usá-la porque a participação é uma parte importante da socialização adolescente em geral."
A auto-aversão do usuário parece ser um fenômeno incrivelmente popular e informalmente parece que esse sentimento está passando para os usuários corporativos também.
Eu conversei com diversos proprietários de pequenas empresas e descobri que as preocupações sobre o alcance do Facebook inclui dificuldades em atingir usuários desinteressados, problemas com perfis de usuários falsos, comentários negativos e odiosos, e até mesmo simplesmente tentar se destacar no que se tornou uma "parede gigantesca de ruído".
Bethany Gonzalez Moreno, fundadora do site verde B. EcoChic disse que a empresa ainda tem uma página no Facebook, "mas descobrimos que ela não está nem perto de ter o impacto que a boa e velha newsletter tem. Descobrimos que temos muito mais engajamento com os leitores por meio de e-mail e pelo nosso site."
"Continuamos com a nossa fanpage, mas só a atualizamos ocasionalmente com grandes novidades e não passamos muito tempo tentando construir uma grande presença. Eu acho que o tempo é melhor gasto colocando conteúdo em nosso site."
Gregory Ciotti, estrategista de marketing em suporte de TI da empresa de software de Help Scout, tem uma posição ainda mais pessimista, dizendo: "Nós recentemente deixamos o Facebook por completo e não mais o incorporamos diretamente em nossos esforços de marketing. A razão é que a nossa página na rede não estava retornando resultados e tornou-se um completo desperdício de tempo. Em compensação, a nossa newsletter, compartilhamento por meio do LinkedIn e Twitter nos deram muito mais tráfego sem a necessidade de 'impulsionar' atualizações de status para os fãs e seguidores que já tínhamos".
"Impulsionar" (boosting, em inglês), para aqueles que não sabem, é um termo novo e experimental do Facebook para Posts Promovidos, projetado para que os empresários se sentissem melhor em pagar para ter seu conteúdo lido pelos usuários do site.
Bethany também reclamou que o "impulsionar" é uma faca de dois gumes: seu conteúdo não será lido se você não o fizer; e se o fizer, bem, isso é outro problema. Ela diz: "Não acho que um monte de usuários gostam de mensagens patrocinadas aparecendo em seus feeds. Eles são vistos como spam e eu já vi milhares de comentários negativos sobre posts patrocinados, e os usuários chegam até a boicotar o produto ou empresa".
Quase dá vontade de correr para o Twitter, não é mesmo?
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