Ao aumentar o tempo de garantia dos carros, montadoras passaram a exigir uma contrapartida dos motoristas: as revisões periódicas. Quem não passa por elas acaba perdendo o benefício. Se você comprou um veículo 0 km e está disposto a manter a garantia, precisa ir à concessionária bem informado para não receber uma conta enorme no fim dos serviços.
Nem todas as trocas, limpezas e correções são necessárias. É importante ler o manual do proprietário antes de entregar o carro, para saber quais são as exigências de fábrica. Nem todo automóvel precisa, por exemplo, que as velas de ignição sejam trocadas a cada 20 mil km. No entanto, boa parte das indicações são gerais.
Veja os mitos e as verdades sobre a revisão:
1. Limpar os bicos injetores antes dos 30 mil km
O filtro de combustível consegue segurar 98% das impurezas, mas exceções podem ocorrer quando se abastece o tanque com gasolina adulterada com solvente de borracha ou com etanol misturado com álcool anidro, produtos que podem interferir no funcionamento do motor. O filtro de combustível deve ser trocado a cada 10 mil km.
2. Alinhamento e balanceamento a cada 10 mil km
Ruas e estradas esburacadas acabam alterando a geometria da suspensão. Se as correções não forem feitas, além do aumento do consumo de combustível, a vida útil dos pneus diminuirá devido ao desgaste irregular da banda de rodagem (parte que toca o chão). O alinhamento é responsável pelos ajustes de convergência e divergência das rodas, e o balanceamento equilibra a distribuição da massa do pneu e da roda (para evitar trepidações).